Estamos em recesso até dia 6 de janeiro de 2025. Em 2025 estaremos a disposição para cuidar de você e da sua saúde. Desejamos a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

Lúpus cutâneo

Saiba mais

Lúpus Eritematoso Cutâneo

O lúpus eritematoso cutâneo é uma doença autoimune que afeta a pele, sendo causada por uma resposta imunológica alterada. Pode ocorrer isoladamente ou ser uma manifestação do lúpus eritematoso sistêmico (LES), afetando outros órgãos. O lúpus cutâneo tem formas diferentes de apresentação e se classifica em: agudo, subagudo, intermitente (túmido) e crônico. O crônico na forma discoide é o mais frequente.

Tipos de Lúpus eritematoso cutâneo e sintomas

  • Lúpus ertitematoso cutâneo agudo:
    Caracteriza-se por vermelhidão no dorso do nariz e nas bochechas, com a típica aparência de “asas de borboleta”. As lesões geralmente não deixam cicatrizes. Também podem aparecer lesões avermelhadas no corpo. As lesões cutâneas pioram com a exposição ao sol. O lúpus eritematoso agudo está frequentemente associado ao lúpus sistêmico. Assim, pode estar acompanhado de outros sintomas como febre, fadiga, dores articulares, lesões na boca entre outros, sendo necessário um acompanhamento multidisciplinar.
  • Lúpus eritematoso cutâneo subagudo:
    Lesões vermelhas que aparecem nas áreas expostas ao sol, como rosto, ombros e braços. Podem formar círculos ou descamar, lembrando psoríase, e quando melhoram não deixar marcas permanentes. Pioram com exposição ao sol.
  • Lúpus ertitematoso cutâneo crônico:
    Se apresenta como mais frequência na forma discoide: Lesões persistentes que quando melhoram podem deixar cicatriz. Geralmente aparecem no rosto, couro cabeludo e orelhas. No couro cabeludo, pode ocorrer queda de cabelo no local acometido. As lesões são geralmente redondas e formam escamas. Esta forma também piora com exposição solar.

     
  • Lúpus eritematoso intermitente túmido:�

    Lesões elevadas, vermelhas e com pouca descamação, frequentemente desencadeadas pela exposição solar.



Como é o diagnóstico dos lúpus eritematoso cutâneo?

O diagnóstico é feito por um dermatologista especializado, que realizará:

  • Exame físico completo da pele;
  • Histórico médico e familiar detalhado;
  • Biópsia de pele para confirmação diagnóstica;
  • Exames laboratoriais (sangue e urina) para monitorar possíveis comprometimentos sistêmicos.

O dermatologista também pode recomendar a avaliação de um reumatologista ou clínico geral, caso haja suspeita de comprometimento de articulações ou outros órgãos.

Tratamento do lúpus eritematoso cutâneo e acompanhamento:

O lúpus eritematoso cutâneo é uma doença crônica, mas os sintomas podem ser controlados, e a remissão pode ser alcançada por períodos prolongados. O tratamento tem como objetivos principais:

  • Melhorar a aparência da pele
  • Prevenir o surgimento de novas lesões
  • Reduzir a formação de cicatrizes
  • Monitorar o surgimento de sintomas sistêmicos

Estratégias de tratamento:

  • Proteção solar: independentemente do tipo de lúpus cutâneo, a doença piora e pode disparar novas crises com a exposição à luz solar. Por esta razão, o uso diário de protetor solar de alta proteção (fator 50 ou superior), roupas protetoras e chapéus de aba larga são fundamentais.
  • Medicamentos: Dependendo de cada caso, o dermatologista poderá utilizar diferentes medicamentos, como:
    • Tratamentos tópicos, como corticoides;
    • Tratamentos sistêmicos que atuam regulando a resposta imunológica como hidroxicloroquina, entre outros. Atualmente, estão aprovados pela ANVISA medicamentos imunobiológicos indicados no tratamento do lúpus eritematoso Sistêmico. Novas terapias avançadas estão em fase de pesquisa para o manejo dos lúpus cutâneo.
  • Os casos de lúpus que só tem manifestação cutânea devem ser acompanhados de perto, monitorando sintomas sistêmicos e com alguns exames, considerando que estes pacientes podem manifestar doença sistêmica

Cuidados complementares:

Hábitos de vida saudáveis podem contribuir para o controle da doença e melhorar a qualidade de vida:

  •  Não fumar: Fumantes apresentam maior gravidade na doença, com maior fotosensibilidade e menor resposta ao tratamento. O tabagismo agrava tanto a doença cutânea quanto a sistêmica, por isso, é essencial parar de fumar. Se necessário o paciente poderá ser encaminhado para programas antitabagismo.
  • Dormir o suficiente: O descanso adequado ajuda na recuperação e controle dos sintomas.
  • Praticar atividade física regularmente.
  • Controlar o estresse: O estresse pode agravar os sintomas, por isso é importante buscar formas de controle.

O lúpus eritematoso cutâneo pode ser controlado com o tratamento adequado, monitoramento contínuo e mudanças de estilo de vida. Os dermatologistas do CEIDERM estão preparados e à disposição para acolher e acompanhar estes pacientes.

plugins premium WordPress